sábado, 31 de janeiro de 2015

POR AVAREZA FARÃO NEGOCIO DE VÓS...

POR AVAREZA FARÃO NEGOCIO DE VÓS...



E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
2 Pedro 2:3
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
... 2 Pedro 2:2


Sha´ul=Paulo fala  dos  tais  como  sendo...roubadores  de  homens...e  não  agradam  ao Eterno...e nos  impedem  de  anunciar  a boa  nova,  afim de encherem     sempre  a medida  de seus  pecados;  mas  a ira  de Yah  caiu  sobre  eles  até  ao  fim...pois  são  serpentes  e raça  de viboras  e jamais  escaparão  da  condenação  da geena... 1ª Tim, 1.10.  e 1ª Tess, 2,15,16.  e mat, 23.
...Ninguem pode amar  a dois  senhores;
porque ou há de odiar um e amar o outro
ou se dedicará  a um e desprezará o outro;
Não  podeis amar a Yahweh  e  a Mamom...
haverá  homens amantes  de si mesmos...
cuidando que  a piedade seja  caso  de  ganho
desses  afasta-te...Mattytiahu=mateus 6,24. 1ª Tim,6,5.

ham??????/////

Bom dia caros achim e chaverim... desejo a todos um ótimo dia... vou direto ao assunto por estarmos em uma sexta-feira gregoriana e o expediente bancário terminar hoje as 16 horas... necessitamos (urgente ainda para hoje) de ofertas voluntárias de qualquer quantia para passarmos o final de semana (para as coisas básicas do dia a dia)... quem sentir que deve colaborar nossas contas bancárias são: Bradesco: ag/ 3057 - 0 / conta poupança = 1003082 - 0 ou Itaú ag: 7909 / c/c 07193 - 3, ambas em nome de Sérgio Tagliavini Júnior... agradecemos desde já... shalom e obrigado!






 
Os  parushim=fariseus  que  eram avarentos, ouviam todas essas  coisas  e zombavam  do mashyah..Lucas 16,13,14. Vê-se, que Yahshuah menciona os parushim=fariseus  fieis  defensores  do dizimo,  de avarentos!
por  isso  o mestre lhes  diz...condutores  cegos! vós coais  o mosquito, e engulís  o camelo... que colocam  nos  ombros dos  outros; fardos  pesados  e dificeis  de carregar e nem com um dedo  querem  move-los...E que  tais...ministros  da iniquidade....devoram  as  casas  das  viúvas  e por  pretexto  faz prolongadas  orações;  esses receberão muito  maior  condenação...pois são serpentes  e raça  de viboras  e jamais  escaparão  da  Geena  de  fogo...mat, 7,15. e 23,4, 23,24.
Shaúl=paulo  relata  que  eles...são  homens sensuais que  não  teem  o ruach=espirito de Yah,  mais  amigos  dos deleites  do  que amigos  do Eterno...tendo aparencia  de piedade, mas  negando a eficácia  dela...2ª Tim, 3,1-5.
 Porem,  o  mais incrivel  em  tudo  isso, é  que  o povo "massa falida" gosta  de  ser dominado  com rigor  e dureza...O que  também é  um cumprimento fiel  da profecia anunciada...coisa espantosa e horrenda acontece  na  terra; os profetas profetizam  falsamente,  e os ministros  dominam pelas  mãos  deles, e  o meu povo  assim  o deseja; Yahmiahu=Jeremias 5,30,31. O proprio Eterno impressionado     com essa submissão  do  povo  cego e sem  nenhum entendimento. Deixa  no  ar  uma pergunta  enigmatica...que  fareis  no  fim  disso? verso 31.
O que  a Escritura  da verdade responde...Deveras  o meu  povo  está  louco...são  filhos  néscios e não entendidos...visto  que pisais  o pobre e dele exigis um tributo "Dizimo" eque  arrancais  a pele  de  cima  deles, e  a  sua  carne de cima  de seus ossos...e que  comeis a carne  do povo...e  que...faz errar  o meu povo; que  mordem com os seus dentes e  clamam  paz!...mas  contra  aquele que  nada lhes  mete  na  boca, preparam  guerra; Amós 5,11;  e Mikeias 3,2-5.




E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
2 Pedro 2:3
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
... 2 Pedro 2:2



Arquibancada do Senhor
A sede mundial da igreja do bispo Edir Macedo, a Universal do Reino de Deus, no Rio de Janeiro, abriga 12 000 fiéis. O dono da TV Record também possui megatemplos em São Paulo e Salvador


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"papa lider  da igreja   catolica  cristã, luxo e riqueza..........favelas, miseria no  mundo cão da pobresa"


"Favelas  no Brasil e  no mundo!"

fotos-de-favela_.jpg
lideres evangelicos nadando em dinheiro.......................favelados nadando  na miseria

Cadê  o Evangelho...não  ajunteis  tezouros  na  terra...vendei 
o  que  tendes  e dai  aos  pobres  e  terás  um  tesouro  no 
reino ceu?  Mateus 6,19,20,21. e 19,21?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A MULHER=GRANDE BABILONIA=E MÃE DAS MERETRIZES..!..APO-17 E 18.-N

zA  MULHER=GRANDE  BABILONIA=E  MÃE  DAS  MERETRIZES..!..APO-17  E  18.N


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Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo:Vem cá e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas”. Com ela fornicaram os reis da terra, e os habitantes da terra se têm embriagado com o vinho de sua fornicação. Levou-me no Espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície de sua fornicação. Em sua fronte tinha um nome escrito, mistério: «Babilônia a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra. Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Yahshuah. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro" (Apocalipse 17:1-6).


Essa profecia  fala de  Roma eclesiástica  e não  da cidade  literal  de Roma; Portanto é um quadro profética espiritual!

Sendo  uma Babilônia espiritual surgindo  das  ruinas  de Roma material.

  O animal  de 7  cabeças e 10 chifres  que a mulher está sentada sobre ele, é o império  romano com sede  em Roma, cidade edificada sobre  7 montes. As sete cabeças  do animal o malak=anjo encarregado disse ser, 7 montes  e também 7  reinos. Versos 9. 10.

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E  para receber entendimento da profecia, foi dito pelo mensageiro celeste, ser necessário ter sabedoria...aqui a sentido  que tem sabedoria...v 9. Bem, os 7 montes todos sabem que são as 7 colinas em  que está edificada a cidade  de Roma material,  e também  o vaticano=cidade espiritual=Grande babilônia!



 Os 7  reis  mostram as 7 formas de governos  em que passou  Roma...Reis...Consules...Decinveros...Trinuviratos..Ditadores...Imperadores...e o papado, que é sem dúvida a 7ª  forma  de governo mundial com sede em Roma.



(Historia geral=Cezar Cantú)
 Nos  dias  em que  o livro  de Hizayom=Apocalipse foi escrito; Roma havia passado  por  5  formas  de governos...existindo a 6ª, forma imperial;  A 7ª  o  papado ainda  não era vinda;  Chegou  mais  tarde  em  508 "era  do mashiach."  Continuando  o anjo disse a Yachonam=João que...a besta  que  era, já  não é,  e virá. É  ela  o 8º reino  e é dos 7  reinos, V 11. Como  entender isso? Se ela é o 8º  reino, teria  naturalmente que  ser  dos  8 e nunca  dos 7! Já  viram  8º  dos  7?  não  né!  Pois  vou  mostrar-lhes!

Bem,  a besta aqui descrita é o papado  o chifrinho pequeno  de Danyahu=Daniel 7.  Que  nasceu entre  os 10  chifres  do animal e destruiu  3 dos  10 ficando 7 que  com  ele somaram  8;  portanto ele é  o 8º  reino  de Danyahu=Daniel  7.  E é  também  dos  7  reinos por  ser a 7ª cabeça  da  besta  de Hizayom capitulos 13  e  17.  Daí  então  a profecia  dizer  que  a besta é  o 8  reino  e ao  mesmo tempo é  dos  7  reinos!!!

Existem vários nomes ligados a igreja de Roma que calculados em números aritméticos dão 666.

VICARIVS FILII DEI======substituto do filho de Deus.

112+ 53+ 501=666.


GENNERALIS DEI IN TERRIS=(substituto geral de Deus na terra em latim)

51+ 501+ 1 1=666.

SIGNAL DA CRVX= (sinal da cruz em latim)

51+ 500+ 105= 666.

IESVS CRISTI FILIVS DEI= (Jesus cristo filho de Deus em latin)

6+ 102+ 57+ 501= 666

Aqui  á  um  dado  curioso,  a  besta  blasfemaria  também  do NOME  do  Eterno.




...os  10  chifres  do  4º  animal  de  Danyahu=Daniel  7 ...símbolos dos  10  reinos  bárbaros  que  foi dividido  o império romano antigo...

8-chifres
o chifre que cresceu muito e
tinha uma boca que falava
blasfemia...papado!


Sobre a besta 666  fazer  guerra  contra  os  santos e vencê-los,  existem  7  passagens  referentes; um  tempo  dois  tempos  e meio  tempo, 42  meses, e 1260  dias, Danyahu=Daniel 7,25, e 12

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Sobre a besta 666  fazer  guerra  contra  os  santos e vencê-los,  existem  7  passagens  referentes; um  tempo  dois  tempos  e meio  tempo, 42  meses, e 1260  dias, Danyahu=Daniel 7,25, e 12,7. E  Hyzayom=Apocalipse 11,2,3. e 12,6,14.  e 13,5.

Fonte: Folha.





Ação da Inquisição Portuguesa no BrasilFoto Ilustrativa

Ação da Inquisição Portuguesa no Brasil

A intensa ação inquisitorial na Península Ibérica levou grande número de suspeitos cristãos novos1 a buscar refúgio na América colonial. Pouco tempo bastou para que três tribunais religiosos fossem instalados: na cidade de Lima (Peru, 1570); México (1571) e, em Cartagena de las Índias (Colômbia, 1610).
"HISTÓRIA JUDAICA MODERNA

Esse  tempo  é  profético,  portanto são 1260  anos    da grande  tribulação,  e  se estendeu  de 538  a 1798 =era do mashiach.  
Clique para fechar
A  besta  666  fazendo  guerra contra  os  santos  na idade  media  na santa-jnquisiçaõ...de 1260  anos;;;
"cadeira  das  bruxas"

Esse  foi o tempo  em  que  a besta 666 igreja  de Roma  perseguiu  torturou  e matou  milhares  de  fieis  seguidores  de  Yahshuah  acusados  de judaísmo.  Principalmente  através  da “santa inquisição”  cujos  horrores é  contado por historiados assim...é praticamente  impossível  não associarmos  a  inquisição  a um  momento  sinistro  da  historia...mais  triste  ainda é  ver que  ela  foi  criada  e dirigida  por  uma  instituição  que  foi  edificada  em  cima  de  lemas como; amor  ao  próximo,  caridade e bondade!  Como  entender  essa  face assustadora  da igreja  cristã?


Inquisição no Brasil!




O ministro do STf Gilmar Mendes  disse com todas  as letras que Moro e Dallangnol são torturadores e gangsters...

Assista ao momento em que Gilmar Mendes chama Dallagnol, Moro e cia de torturadores


Imagem relacionada
"Hoje se sabe de maneira muito clara, o Intercept está aí para confirmar e nunca foi desmentido, que usava-se a prisão provisória como elemento de tortura", disse Gilmar, que ainda afirmou que a Lava Jato é um projeto político; assista

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
As duras declarações feitas nesta quarta-feira (2) pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ganharam forte repercussão nas rede sociais. As críticas ao ex-juiz federal Sérgio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol foram embasadas pelas reportagens da Vaza Jato, comandadas pelo The Intercept Brasil.
Gilmar disparou dizendo que Moro, Dallagnol e os demais procuradores expostos na Vaza Jato eram gangster e promoviam torturas, além de dizer que desrespeitavam o processo penal, perseguiam ministros do Supremo e articulavam um projeto político
Vem aí uma nova inquisição 

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Há uma força predominante horrível em ocultar e perseguir o povo Ivrit (hebreu) e sua história...História de preconceito ódio e perseguição implacável! Vemos que esta história não aconteceu apenas nos países europeus, mas aqui no Brasil, muito próximo de nós, e quem sabe com os seus e os meus antecedentes...

Com a expulsão dos yahudim (judeus) da Espanha, em 1492,  vieram de Sevilha para Portugal por terra, aqueles que não se curvaram ao "Santo Ofício" foram submetidos a humilhação e tortura inimagináveis e em inúmeros casos à morte, mas continuaram secretamente com a crença na Tanak, os anos passaram, sua história foi coberta pela obscuridade, mas nesse caminho deixaram suas marcas...
D. Manoel ordenou a conversão forçadas de todos os judeus ao catolicismo, depois ficou surpreso com o número de judeus que quiseram sair de Portugal, e com isso fechou os portos, e os yahudim ficaram em Portugal, e em suas casas, guardavam o shabat, e as moedim como a pessach, os jejuns no Yom Kippur etc...depois da sua morte e com a acensão de D. João III, havia rumores que havia prática de um "judaísmo secreto", este pediu autorização ao Papa para abrir um Tribunal, até que em 1536, depois de grandes lucros e presentes e heranças oferecidos à Cúria Romana, e este perdurou 285 anos e foi abolido apenas no século dezenove.


Nas portas das casas dos yahudim, havia sempre uma mezuzah, uma caixa tubular de madeira, vidro ou metal,contendo um pedaço pequeno de pergaminho, fazem parte do "Shemah" normalmente tem a letra shim gravada, ficavam do lado  direito da entrada das casas dos judeus... Estes foram retirados e em seu lugar vemos as cruzes cristãs, nas residencias daqueles que foram obrigados a se converterem ao catolicismo. Muitas casas medievais situadas em antigas judarias possuem um pequeno rebaixamento ou fenda na ombreira da porta. A presença deste elemento permite deduzir que possa estar ligado dalgum jeito com a habitação judaica medieval.

D. Manoel tirou crianças dos seus pais yahudim (judeus), até 14 anos e deram para serem criadas por famílias católicas,  D. João II fez muito pior ainda, arrancaram de suas famílias as crianças de 2 a 10 anos, mandando-as para a Ilha de São Tomé, onde eram exilados os criminosos, nessa ilha só haviam répteis e animais selvagens, Samuel Uskue, cronista do século 16, conta que muitas destas crianças foram comidas pelas feras, conta Anita Waingort Novinsky, historiadora brasileira, especializada na Inquisição Portuguesa.   


Entre a Cruz e a Espada

Usamos muito esta expressão, mas sem saber que história ela carrega. A cruz representa o catolicismo e a espada a morte, era as opções dadas aos judeus em Portugal, e sob as ameaças as mais terríveis, estes se convertiam de forma obrigatória, para preservar a vida e conservarem seus filhos junto de si. 


Este símbolo adorna o Tribunal da Inquisição e o 
Palácio do Inquisidor, em frente ao  Museu de Évora em Portugal.  
Quem aceitava a cruz, ganhava o ramo de oliveira e quem recusava morreria como herege...

Diante de tantas barbaridades, não é de admirar que isso acontecesse com frequência!

Colocaremos aqui, trechos de artigos sobre uma história Embora muitos desconheçam, a participação judaica esteve presente no Brasil desde o descobrimento. Entre os navegadores e marinheiros que avistaram as terras brasílicas encontravam-se alguns cristãos-novos, antigos judeus convertidos ao catolicismo. O primeiro de que se tem notícia é Gaspar da Gama, originário de Alexandria, que fizera a viagem de Cabral, mas é provável que não fosse o único.


A história dos judeus sefarditas (originários da Península Ibérica) data da Antiguidade. Em Portugal, os primeiros indícios desta presença remontam ao século VI da Era Cristã. Apesar de problemas pontuais, estavam integrados a essa sociedade, onde encontravam melhores condições de vida. Muitos desses judeus ocupavam cargos públicos, tinham negócios e auxiliavam no desenvolvimento da ciência. Em terras portuguesas, celebravam suas festas e ritos livremente e contavam até com a simpatia de alguns monarcas. Tinham um tratamento muito diferente do que recebiam em outras partes da Europa, onde eram perseguidos, sendo expulsos ou banidos de importantes centros como Viena (1421), Colônia (1424), Augsburgo (1439), Baviera (1442), Morávia (1454), Perugia (1485), Vicenza (1486), Parma (1488), Milão (1489) e Florença (1494).


 Repetindo o que ocorrera em 1492 na vizinha Espanha, em 1496 D. Manuel (1495-1521) decretou a expulsão dos judeus do reino. Mas, ciente da importância dos cristãos-novos para os interesses lusos, apesar de expulsos, o monarca os proibiria de deixar o reino, ou seja, seriam obrigados a se converter ao cristianismo e transformados em cristãos. Mas seriam cristãos-novos, diferentes dos cristãos de origem, denominados cristãos-velhos. Muitos desses cristãos-novos, embora publicamente fingissem fidelidade à nova religião, não abandonavam sua fé. A suspeita generalizada de que judaizavam em segredo (criptojudaísmo), ameaçando a pureza católica, funcionaria como um dos pretextos para a instauração do Santo Ofício em Portugal no ano de 1536, tornando os cristãos-novos suas vítimas preferenciais. Acirravam-se, assim, as desconfianças sobre os recém-convertidos, que buscavam locais onde pudessem viver longe das pressões sociais e da Inquisição. Eles tiveram, então, que se espalhar pela Europa, pelo Norte da África, por Angola, Índia, China, Indonésia e Japão. No entanto, mantinham as ligações com a metrópole por meio das redes sociais e de comércio...esses cristãos-novos foram fundamentais para os esforços de expansão portuguesa. Muitos dos navegadores e comerciantes que estiveram presentes na estrutura expansionista eram de origem sefardita. Homens de trato, comunicavam-se em latim, português, espanhol, hebraico – sendo, por vezes, letrados em algumas delas – e, não raro, nas línguas dos locais por onde passavam, num tempo em que a maioria das pessoas não dominava a escrita... Eles financiaram as viagens de conquista, colaborando com o conhecimento técnico necessário à construção de embarcações ou à utilização de instrumentos de navegação mais apurados. Atuaram como cartógrafos, negociantes, funcionários da burocracia, ajudaram com capital ou até como religiosos, nas atividades de catequese cristã nos domínios portugueses...

O Brasil foi um dos destinos preferidos desses homens. Já em 1503, um consórcio formado por comerciantes cristãos-novos, sob o comando de Fernando de Noronha, arrendou à Coroa portuguesa o monopólio de exploração do pau-brasil, do comércio de escravos e de outras mercadorias por cerca de dez anos, sob a condição de manterem fortificações no território e de descobrirem novas terras.

A proximidade temporal entre a instauração da Inquisição no reino e o processo efetivo de colonização da América portuguesa a partir da década de 1530 contribuiu para que muitos cristãos-novos que se sentiam ameaçados em Portugal decidissem atravessar o Atlântico em direção ao Brasil, onde participavam da organização política e social existente. Também a falta de um tribunal inquisitorial estabelecido e o crescimento da economia açucareira permitiram que muitos se tornassem senhores de engenho, responsáveis pela plantação, produção, pelo comércio e distribuição do principal produto colonial. Em fins do século XVI, os cristãos-novos já eram donos de boa parcela dos engenhos existentes no Nordeste e ameaçavam os interesses dos cristãos-velhos, incomodados com a concorrência.

 A presença do Santo Ofício no Brasil acabaria por mudar este quadro de relativa harmonia. Durante as visitações da Inquisição ao Nordeste, entre 1591 e 1595 (Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba) e entre 1618 e 1621 (Bahia), vários cristãos-novos seriam insistentemente denunciados. Alguns, inclusive, acabariam enviados para a sede da Inquisição em Lisboa e julgados. No limite, recebiam a pena máxima: relaxados ao braço secular, condenados à fogueira.

As acusações apresentavam um rol extenso e variado de comportamentos vistos como denunciadores da ocorrência do criptojudaísmo vivenciado na Colônia, tais como usar roupas limpas e arrumar a casa às sextas-feiras em respeito ao Shabat; não pronunciar o nome de Cristo; preparar a comida segundo a tradição hebraica, não ingerindo carne de porco ou peixes sem escamas, entre muitas outras práticas. Algumas denúncias davam conta, inclusive, da existência de sinanagogas clandestinas que funcionaram por mais de três décadas, servindo de ponto de encontro dos criptojudeus da Colônia – em Camaragibe, Pernambuco, e em Matoim, na Bahia.

Resultado de imagem para inquisição no brasilCom a necessidade de ocultar os costumes judaicos, os lares viraram os locais de resistência por excelência, onde as tradições eram praticadas em família. Nesse contexto, pode-se dizer que o papel feminino tinha destaque. As mulheres exerciam as funções de mãe, professora e rabi, repetindo as histórias do povo hebreu, a prática das orações e dos jejuns, o respeito aos antepassados, orientando as primeiras leituras e advertindo sobre o perigo da Inquisição. Realizavam o judaísmo oculto, adaptado e possível que permitiu sua sobrevivência em tempos de perseguição.

Por sinal, a primeira vítima do Brasil condenada à fogueira pela Inquisição foi uma mulher: a cristã-nova Ana Rodrigues, octogenária acusada de liderar uma família de judaizantes na Bahia, das mais denunciadas durante a primeira visitação. Presa e enviada para Lisboa, morreu no cárcere, mas seu processo continuou. Acabou sendo considerada culpada mais de dez anos depois de sua morte. Seus ossos foram desenterrados e queimados: sinal de que a Inquisição estava de olhos atentos ao que acontecia sob o céu dos trópicos.

* Angelo Adriano Faria de Assis é professor da Universidade Federal de Viçosa e autor da tese “Macabéias da Colônia: Criptojudaísmo feminino na Bahia – Séculos XVI-XVII” (UFF, 2004).

“Em 5 de fevereiro de 1638, Manuel Mendes de Castro, cristão-novo natural de Portugal, também chamado de Manuel Nehemias, chega ao Recife desejando criar uma colônia agrícola com 200 judeus, “entre ricos e pobres”, no Nordeste do Brasil. Seus planos não deram certo, conforme cartas do conde João Maurício de Nassau ao Alto Conselho, datadas de 19 de março e 23 de maio do mesmo ano, nas quais observa que “em vez de se encaminharem para o seu destino, aqui se dispersaram e cada um tomou o seu caminho tendo falecido o chefe”.

Em 1635, com o domínio holandês consolidado na região, muitos judeus atravessaram o Atlântico para viver em Pernambuco...Na capital de Pernambuco, a velha Rua dos Judeus, agora Rua do Bom Jesus, continuou guardando as memórias daqueles pioneiros. Desde 4 de setembro de 1998, os prédios de número 197 e 203 foram transformados, por um decreto do prefeito Roberto Magalhães Melo, em imóveis de utilidade pública. E voltaram a abrigar o Arquivo Judaico e a antiga sinagoga Zur Israel”.

** Leonardo Dantas Silva é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, consultor do Instituto Ricardo Brennand e autor do livro Holandeses em Pernambuco – 1630-1654 (Recife: Instituto Ricardo Brennand, 2005).

O Tribunal do Santo Ofício deixou de vigorar, oficialmente no Reino de Portugal em 31 de março de 1821. Funcionou por 285 anos. Aceitava denúncias de pessoas desconhecidas e a sua confissão podia ser obtida por meios de tortura física ou mental.
Depois, funcionou como parte da Cúria Romana, mas recebeu um novo nome. Em 1904, esse tribunal passou a ser chamado de Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício. Em 1965, tornou-se a Congregação para a Doutrina da Fé.

A Inquisição organizava os auto-de-fé, rituais de penitência pública para aqueles considerados hereges por inquisidores da igreja. Foi responsável pela deportação, sentença e morte de centenas de judeus.

No Brasil “A Santa-Inquisição” nunca instalou um tribunal permanente, mas a sua ação se exerceu através de visitadores, Heitor furtado de Mendonça entre 1591-1595.  E Marcos Teixeira entre 1618-19. Ou de bispos a quem eram delegados poderes para   efetuar prisões, confiscar bens, e enviar para Lisboa os prisioneiros   para serem julgados. 

 O descobrimento do Brasil em 1500 veio a ensejar uma nova oportunidade para esse povo sofrido. Já em 1503 milhares de “cristãos-novos” vieram para o Brasil auxiliar na colonização. Em 1531, Portugal obteve de Roma a indicação de um Inquisidor Oficial para o Reino, e em 1540, Lisboa promulgou seu primeiro Auto-de-fé. Daí em diante o Brasil passou a ser terra de exílio, para onde eram transportados todos os réus de crimes comuns, bem como judaizantes, ou seja, aqueles que se diziam aparentemente cristãos-novos, porém, continuavam em secreto a professar a fé judaica. E é nesses judaizantes portugueses que vieram para o Brasil nessa época que queremos concentrar nossa atenção.

De uma simples terra de exílio a situação evoluiu e o Brasil passou a ser visto como colônia. Em 1591 um oficial da Inquisição era designado para a Bahia, então capital do Brasil. Não demorou muito, já em 1624, a Santa Inquisição de Lisboa processava pela primeira vez contra 25 judaizantes brasileiros (os nomes abaixo foram extraídos dos arquivos da Inquisição da Torre do Tombo, em Lisboa).


OS 25 ACUSADOS

Alcoforada, Ana 11618
Antunes, Heitor 4309
Antunes, Beatriz 1276
Costa, Ana da 11116
Dias, Manoel Espinosa 3508
Duarte, Paula 3299
Gonçalves, Diogo Laso 1273
Favella, Catarina 2304
Fernandes, Beatriz 4580
Lopes, Diogo 4503
Franco, Lopes Matheus 3504
Lopes, Guiomar 1273
Resultado de imagem para inquisição no brasilMaia, Salvador da 3216
Mendes, Henrique 4305
Miranda, Antônio de 5002
Nunes, João 12464
Rois, Ana 12142
Souza, João Pereira de 16902
Teixeira, Bento 5206
Teixeira, Diogo 5724
Souza, Beatriz de 4273
Souza, João Pereira de 16902
Souza, Jorge de 2552
Ulhoa, André Lopes 5391

Os nomes dos judaizantes e os números dos seus respectivos dossiês foram extraídos do Livro: “Os Judeus no Brasil Colonial” de Arnold Wiznitzer – página 35 – Pioneira Editora da Universidade de São Paulo.

A Bahia foi o palco das inquirições mais intensas; de 1591 a 1624 foram processados ali, 245 pessoas acusadas de judaísmo.  Em 1646 mais 100 condenações foram feitas.  E no auto de fé em 1771, 52 brasileiros foram “justiçados” O último brasileiro condenado   à morte pela “santa inquisição”, morreu no auto de fé de 1748; Almanaque Abril Cultural de 1983 pg 617.
Um dos casos mais celebre sobre hereges no Brasil, foi o de Ana Costa Arruda, era natural de Olinda Pernambuco. Ana foi acusada o segundo dia de janeiro de 1599, por sua tia Beatriz Fernandes, que sob tortura a denunciou de praticar heresia.  Em 16-12-1599, Ana é encarcerada em Lisboa com 24 anos de idade.  Subiu ao primeiro interrogatório em 7-4-1600.

E saiu no auto-de-fé celebrado na Ribeira, em Lisboa no Domingo dia 3-8-1603, e foi condenada a se retratar da acusação e depois encarcerada nas Escolas Gerais, para submeter-se, à doutrinação.  Em 6-9-1603.  Não se sabe se Ana voltou ao Brasil.

"A Inquisição-Ibérica-"
  
No período 1723-1748 foram presos cerca de 20 Cristãos Novos moradores em diferentes regiões do que hoje seria Minas Gerais - de Ouro Preto a Paracatu, mas também foram até as minas de Goiás. Deste grupo foram executados cinco (27.7% do total). Alguns eram recém-chegados do Reino, atraídos pelas notícias da descoberta do ouro e originários da Beira Baixa (onde até o início do século XX existiram núcleos de cripto-judeus). Da terra trouxeram um judaísmo bastante coeso e mantiveram-se conectados com outros núcleos de judaizantes no Brasil. Razão pela qual foram enredados principalmente pelas denúncias vindas de fora do seu meio imediato.

Dois Cristãos Novos moradores em S. Paulo foram executados em Lisboa: Theotonio da Costa, em 1686, denunciado em Lisboa por parentes (inclusive o seu pai) e Miguel de Mendonça Valladolid, preso em 1728 por denúncias de parentes e amigos na Bahia. Teve uma formação judaica na França e em Amsterdã onde foi circuncidado. Voltou a Portugal e de lá veio para a Bahia percorrendo o país em viagens de negócio. Foi executado em 1731.

O fim da distinção entre Cristãos Velhos e Cristãos Novos decretada pelo Marques de Pombal em 1773 antecipa em quase 50 anos a desativação formal do Santo Ofício. Sem Inquisição, desapareceram os documentos e sem estes interrompe-se a história dos judeus no Brasil.

 Historiador reconstrói 300 anos de perseguição a judeus em São Paulo

Quando se fala em Inquisição, a imagem mais genérica que surge é a de um brutal tribunal instalado numa longínqua Europa medieval, mandando queimar feiticeiras e punindo hereges, mais ou menos como em “O Nome da Rosa”, filme de 1986 baseado na obra de Umberto Eco.

“Cristãos-Novos em São Paulo”, do historiador Marcelo Meira Amaral Bogaciovas, mostra, porém, que essa sombria realidade fez parte, por muito tempo, da história de São Paulo –mais precisamente entre 1536 e 1821.

Num minucioso levantamento genealógico e estudo de outros documentos de época, o livro mapeia a trajetória de famílias de cristãos-novos (judeus forçados à conversão) perseguidas e descreve o comportamento do tribunal com relação aos condenados.

“A atuação da Inquisição em São Paulo deixou sequelas até os dias de hoje. As pessoas em geral ainda se sentem ultrajadas ao serem chamadas de ‘cristãs-novas’. Isso porque, na época, criou-se um ambiente de constante temor à punição, de delação e vigilância, parecido com o de uma ditadura”, diz o historiador, em entrevista à Folha.
 
Livro do séc. 18 no acervo da sinagoga Kehilah Israel, em SP
O livro reconstrói o início desse processo, quando os reis católicos espanhóis, em 1492, obrigaram judeus que não queriam se converter a deixar o país. Portugal primeiro acolheu essa população, mas, em 1497, impôs o batismo forçado. Muitos decidiram vir ao Novo Mundo e, apesar de atuarem como cristãos fora de casa, do lado de dentro seguiam com seus ritos e costumes.

Além da constante ameaça de serem acusados de “práticas judaizantes”, no Brasil os cristãos-novos tinham de pagar impostos exclusivos e estavam afastados de certos cargos públicos.

“A Inquisição atuou no Brasil como em outros lugares, como uma ‘joint venture’ entre Igreja e Estado –quem acompanhava os condenados de São Paulo até serem embarcados para Lisboa eram os jesuítas”, afirma o historiador.

Era comum, também, que fossem presos e enviados a Portugal os acusados de bigamia. “Nesse sentido, a correspondência entre parentes ajudava muito. Era um universo menor de gente. Naquela época, dificilmente seria possível alguém mudar de país e ficar anônimo. Casamentos, encontros, trocas de parceiros eram noticiados entre os parentes. E a Inquisição vigiava tudo isso.”

Uma vez presos em São Paulo, os acusados pelo tribunal eram embarcados com destino a Lisboa, onde ocorriam os interrogatórios, muitos sob tortura. “Faziam com que falassem do modo mais cruel possível, pois não diziam de que estavam sendo acusados. Esperavam meses até que a pessoa se delatasse e passasse a apontar parentes.”

Segundo Amaral, cerca de 2.000 pessoas foram detidas no Brasil e enviadas a Lisboa. Quem não morria devido às torturas ou punições era abandonado à sua sorte na capital portuguesa. “Ficavam pelas ruas –muitos enlouqueciam, outros viravam pedintes.”

O trabalho foi inicialmente apresentado como tese de mestrado na Universidade de São Paulo, com orientação da professora Anita Novinsky. Agora, surge em versão para o mercado, com apresentação da historiadora Mary Del Priore.

Fonte: Folha.


 Ação da Inquisição Portuguesa no Brasil

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Quadro - Inquisição Galileu Galilei
A intensa ação inquisitorial na Península Ibérica levou grande número de suspeitos cristãos novos a buscar refúgio na América colonial. Pouco tempo bastou para que três tribunais religiosos fossem instalados: na cidade de Lima (Peru, 1570); México (1571) e, em Cartagena de las Índias (Colômbia, 1610).
Inquisição matou um alagoano Fernando Henrique Alvares, morador no termo da Vila de Penedo, foi levado a Lisboa em 1733 e queimado num Auto de Fé Publicado em 28 de novembro de 2015 por Ticianeli em EventosReligiões // 2 comentários



Em 1991, o antropólogo, historiador e pesquisador paulista Luiz Mott esteve em Maceió participando de um ciclo de conferências organizado pela UFAL, que teve a coordenação dos professores Douglas Apratto e Fernando Lobo. Com mestrado em Etnologia em Sorbonne e doutorado em Antropologia pela Unicamp, Mott era, na época, professor titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, UFBA.

No dia 6 de junho de 1991, apresentou um estudo inédito revelando a presença da Inquisição nas terras de Alagoas. Até então nenhum historiador havia feito referência à presença do “Monstro Sagrado” por estas terras.
Antropólogo, historiador e pesquisador, Luiz Mott revelou que a Inquisição atuou em Alagoas
Antropólogo, historiador e pesquisador, Luiz Mott
 Inquisição atuou em Alagoas
A pesquisa realizada na Torre do Tombo, em Lisboa, confirmou que uma dezena de luso-brasileiros residentes em Alagoas foram atingidos pelo Santo Ofício. Quatro foram presos e trancafiados nos cárceres inquisitoriais, e um deles, o cristão-novo Fernando Henrique Alvares, morador no termo da Vila de Penedo, foi o único a ser queimado num Auto de Fé realizado em Lisboa no ano 1733.  Mott avalia que as invasões holandesas e a guerra dos Palmares explicam a fraca e tardia atuação inquisitorial no território alagoano.

O Tribunal do Santo Ofício em Portugal foi instalado em 1536 e teve a atribuição de perseguir os desvios na fé, punindo heresias, judaísmo, protestantismo, feitiçarias, blasfêmias, e também algumas práticas sexuais consideradas criminosas como homossexualismo, bigamia e a solicitação feita pelo sacerdote no confessionário.

Como no Brasil não existia um tribunal autônomo, os colonos da América Portuguesa eram levados para o Tribunal de Lisboa. Uma complexa rede de espiões, que envolvia os Familiares e Comissários do Santo Ofício, ficava encarregada de denunciar os réus. Eles podiam delatar, prender, sequestrar e enviar para o Tribunal os suspeitos de praticarem as citadas heterodoxias.

Na documentação do Tribunal da Fé a primeira citação de Alagoas está datada de 1678, quando o Licenciado Padre Antônio Correia da Paz, morador na Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul é empossado no cargo de Comissário do Santo Ofício. A última citação acontece em 1811, quando o Padre Lourenço Pereira de Carvalho Gama, coadjutor na Freguesia de São Miguel, tem seu nome aprovado para a função comissarial. O Tribunal da Fé foi extinto em 1821.

Judeu errante nas Alagoas - Na lista dos 18 cristãos-novos residentes no Brasil quei­mados pela Inquisição portuguesa, entre 1644 e 1748, um deles residia no termo da vila de Penedo, na margem esquerda do rio São Francisco. Trata-se de Fernando Henriques Alvares.
Era reinol, natural da Vila de Moura, no Bispado de Braga. Tinha 37 anos ao ser preso, no ano de 1732. Era casado com Ana Rodrigues de Figueiredo, da qual tinha um filho de nome José, declarando “não ter filho nem filha fora do matrimônio”.

Herdou a mesma ocupação de seu finado pai, comerciante. Vivia então no Engenho de São José, no distrito de Penedo, sustentando-se com sua roça de mandioca e comércio de animais. Ao ser preso teve seus bens sequestrados, conforme determinava o Regimento para os praticantes do judaísmo.

Seu nome e fama de praticar rituais judaicos chegou à Inquisição lisboeta depois que vários cristãos-novos foram presos na Paraíba, alguns anos antes. Sua ordem de detenção é de 5 de julho de 1730, sendo entregue nos Estaus do Santo Ofício em 29 de julho de 1732 — os agentes inquisitoriais custaram encontrá-lo, pois há anos ausentara-se da Paraíba sem que seus conhecidos soubessem o paradeiro.

Ao ser investigada sua crença, declarou que no tempo que estivera apartado da fé cristã, deixara de acreditar na Santíssima Trindade e nos Sacramentos, embora continuasse a praticar as obras de cristão, porém só de fachada, para não despertar suspeita de que era filho de Israel.

Confrontadas as inúmeras acusações de seus cúmplices com suas reduzidas confissões, consideraram os juízes inquisitoriais, assim como o Conselho Geral, que o réu manifestava “malícia, fingimento, diminuição, sendo herege impenitente, apóstata, ficto, falso e simulado”, motivo suficiente, de acordo com o Regimento do Santo Ofício, para condená-lo à pena de morte.

Aos 6 de setembro de 1733 o réu tem suas mãos atadas, sendo avisado que ia ser queimado e que tratasse de descarregar sua consciência do que omitira na confissão. Na porta de seu cárcere o jesuíta Padre Jacinto da Costa ficou à disposição para o caso de solicitar a absolvição. Tudo faz crer que recusou reconciliar-se com a fé católica.

Fernando Henrique Alvares foi sentenciado no Auto de Fé realizado na Igreja de São Domingos de Lisboa, aos 20 de setembro de 1733, estando presente del Rei D. João V, o Príncipe D. José e outros infantes reais.

Agentes da inquisição em Alagoas

Não existindo Tribunal da Inquisição no Brasil, cabia aos Comissários e Familiares do Santo Ofício a importante e temida função de denunciar, fazer inquéritos, sequestrar, prender e remeter para Lisboa os réus de delitos religiosos ou sexuais pertencentes à alçada inquisitorial.

Foram um total de nove agentes inquisitórias residentes nas Alagoas, a saber, quatro Familiares: Antônio Araújo Barbosa, Antônio Joaquim Lamenha, Gonçalo Lemos Barbosa, João de Basto, além de cinco Comissários: Agostinho Rabelo de Almeida, Antônio Correia da Paz, Domingos Araújo Lima, Gabriel José Pereira de Sampaio e Lourenço Pereira de Carvalho Gama.

Salvo erro, o mais antigo funcionário inquisitorial a atual em Alagoas foi o Padre Antônio Correia da Paz, natural e morador na vila da Madalena, cuja confirmação como Comissário do Santo Ofício traz a data 1678, dois anos após o início da campanha contra o Quilombo de Palmares.

Igualmente como ocorria na Espanha e Portugal, também no Brasil encontramos diversas famílias em que mais de um membro obteve o privilégio de ser habilitado pelo Santo Ofício. Fenômeno que nas Alagoas teve início com este primeiro Comissário, pois alguns anos mais tarde, em 1696, Antônio de Araújo Barbosa recebe a venera de Familiar, sendo casado com Mariana Araújo, irmã inteira do citado Comissário Correia da Paz.

Este novo Familiar era português, natural de Santo Estêvão da Facha, Bispado de Braga, e como seu cunhado licenciado, também morava na vila de Santa Maria Madalena. Assim sendo, nos finais do século XVII existiam quando menos dois espiões inquisitoriais em Alagoas, parentes entre si e residentes na mesma freguesia.

Um terceiro membro deste clã a ser igualmente agraciado com o Comissariato foi o Padre Agostinho Rabelo de Almeida, que recebe a comenda de Comissário do Santo Ofício em 23 de maio de 1766. Era o terceiro membro de sua família a ser habilitado nas Alagoas.

Os últimos funcionários inquisitoriais a atuar na Comarca foram habilitados quando o Monstro Sagrado entrava em mortal agonia, em 1808 recebe a comenda de Comissário o padre Gabriel José Pereira de Sampaio, natural da Bahia e morador em Penedo, onde exercia a função de Professor Régio de Latinidade.

Dois anos depois, em 1810, é a vez do negociante lusitano João de Basto, morador na vila das Alagoas, ser nomeado Familiar do Santo Oficio. O derradeiro alagoano a ter seu nome aprovado pela Inquisição foi o padre Lourenço Pereira de Carvalho Gama, natural da vila de Alagoas e coadjutor na freguesia de São Miguel. Foi habilitado em 1811 e provavelmente não chegou a receber nenhuma missão por parte dos inquisidores, pois já em 1821 é enterrado este Monstro Sagrado que por quase três séculos atanazou a vida de nossos antepassados.

Fonte: Revista Debates de História Regional, nº 01, de 1992, editada pelo Departamento de História da Universidade Federal de Alagoas.

Pesquisado por Ivonil Ferreira de Carvalho



Ordem  do papa  Nicolau  V  dando ao rei  de Portugal  Afonso V  ordem para confiscar bens  de quem  não fosse católico!

Vejam também...
No livro Documentos da igreja cristã de henry betensohn pg 180.

"A mulher vestida de escarlata  e purpura..apo-17,4.

ENCONTRAMOS O SEGUINTE RELATO, SOBRE NÃO COMPRAR E NEM VENDER.

...ninguém pode comprar ou vender, senão aquele que tiver..o sinal da imagem da besta...ou o numero "666" do seu nome Apo-13,116-18..

Já aconteceu no passado...conforme o post acima e  o tópico abaixo...
Lemos o seguinte....

Igreja e Heresia.

Dos decretos do quarto concilio de latrão-1215

Mansi XXII. 982 ss

A Igreja no século doze foi perturbada por várias espécies de heresias.

Sendo as mais perigosas as dos albigentes e valdenses...os primeiros da região de Albi na França...e os segundos seguidores de Pedro Valdo, um rico fazendeiro de Lion que vendeu o que possuía deu aos pobres e foi pregar a boa nova de Yahshuah. (hoje tá cheinho de lideres que iniciaram pobres sem ter um par de sapatos. (Que vivem nadando em dinheiro extorquido dos incautos fieis)

Começaram tentando recuperar o que pensavam ter sido a simplicidade vinda da igreja primitiva.

E que fora perdido pela apostasia durante séculos.

Mas eles como tantos outros grupos que iniciaram com o mesmo proposito. Tendiam a um sectarismo intransigente,

O terceiro concilio de latrão em 1179 sob Alexandre III, pediu o auxilio do poder secular. Embora a disciplina da Igreja não leve a efeito retribuições cruentas, contentando-se com o julgamento sacerdotal, ela contudo, é ajudada pelos regulamentos dos príncipes católicos, de modo que os homens frequentemente busquem o remédio salutar por temor de incorrerem em castigos corporais.

"NÃO PODER COMPRAR OU VENDER"

Por conseguinte...decretamos que os albigenses e valdenses e os que os sustentam, dando-lhes apoio, estão sob pena de anátema, que alguém ouse abriga-los em sua casa ou em seu país, de ajuda-los ou ter qualquer negocio com eles...não comprar e não vender...Cap-27, mansi XXII,231; Dizinger, nº 401. O papa Inocêncio III deu inicio em 1208 à cruzada contra os albigenses, mas, não conseguiu extirpar a heresia; em 1220 a inquisição papal foi confiada aos frades e imposta às cortes episcopais.

Os hereges convictos devem ser entregues a seus superiores seculares, ou a seus agentes para o devido castigo. Se forem clérigos, primeiramente devem ser destituídos. Os bens dos leigos serão confiscados; os dos clérigos serão aplicados nas igrejas.

...Se um senhor temporal negligenciar em cumprir o pedido da Igreja de purificar sua terra da contaminação da heresia, será excomungado pelo metropolitano e pelos outros bispos da província.

Se deixa desse emendar dentro de um ano. O fato deve ser comunicado ao sumo pontífice-papa-que declarará seus vassalos livres do juramento de fidelidade e oferecerá suas terras aos católicos cristãos. Esses exterminarão os hereges, e serão donos da terra sem discussão, e a preservarão na verdadeira fé.



RASTROS TERRIVEIS DA BESTA 666 NO BRASIL

O JESUITA....Padre anchieta enforcou joão bolés

frei Damiao, padre Cicero, José de Anchieta todos matavam em nome de Deus, eram religiosos que assassinavam e torturavam quem fosse contra a Igreja católica. Ou tivesse outra fé ou fosse judeu. Toda e qualquer pessoas que não fosse ou fosse contra o catolicismo era morto e queimado. Por religiosos que achavam que estavam prestando um serviço a Deus. Conforme havia dito o próprio SALVADOR;-muito serão mortos e arrastados pelas ruas, havendo um verdadeiro banho de sangue, por pessoas religiosas que cuidavam estar prestando um serviço a Deus. Qual foi a instituição religiosa que mais matou pessoas que questionavam seus ensinos, que a igreja católica romana CRISTÃ em 1200 anos?

Qual nome do missionário francês que o "santo" José de Anchieta enforcou com as próprias mãos em 1567, no Rio?

1-) JEAN JACQUES LE BALLEUR
OU
2-) JOÃO BOLLÉS!

DE ACORDO COM O LIVRO ROY DEL'AMERIQUE, pp. 170-171, de 1897,
E AINDA EM CONSONÃNCIA COM O LIVRO "O SANTO QUE ANCHIETA MATOU" DO EX-PADRE ANÍBAL PEREIRA DOS REIS:"E porque o carrasco, talvez condoído, sem coragem de apressar a morte da vítima inocente - ele mesmo, José de Anchieta," no dizer o católico Arthur Heullard, "acaba de matá-lo, dizendo, ufano, ao carrasco acovardado: Eis aí como se mata um homem!"

SE ALGUÉM TIVER ESTÕMAGO PARA LER O JURAMENTO DOS JESUÍTAS, VERÁ QUE ANCHIETA, ESTAVA APENAS NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO!!!

Jean Jacques Le Balleur ou João de Bolés, alfaiate huguenote, nascido na França em data incerta e educado em Genebra. Em 1557 foi enviado, junto com outros cinco missionários, por Jean Calvino para ministrar os franceses da expedição de Villegaignon ao Brasil, a França Antártica.

Ministro calvinista, celebrou o primeiro culto evangélico do Brasil em 10 de Março de 1557, e no dia 21 celebraria a primeira Santa Ceia.

Villegagnon abjurou a fé Calvinista e retornou ao catolicismo e começou a perseguir os missionários, que em 4 de janeiro de 1558 tentam fugir em um navio velho, cuja má condição os obriga a retornar ao Rio de Janeiro.

Villegaignon obrigou os ministros a responderem um formulário sobre suas crenças, gerando a Confissão de Fé de Guanabara, a primeira do gênero das Américas, em seguida condenou-os a morte.Em sua tentativa de fuga pela mata atlantica; livrou de ser devorado pelos índios por estar com um livro, que os Tupinambás pensaram ser a tão esperada e prometida Bíblia, que era tida como um amuleto. Tratava-se de uma peça de Rabelais.
Em São Vicente os jesuítas forçaram a Câmara para prendê-lo em 1559. Foi torturado para dar informações estratégicas do Forte Coligny. Levado a Salvador, onde Mem de Sá concordou em condená-lo por ser seguidor da fé protestante.
Em 1567 foi levado ao Rio de Janeiro, onde seria executado, mas o carrasco recusou a matá-lo. E em 9 de fevereiro de 1558, o Padre José de Anchieta estrangulou-o.

No Brasil a "santa inquisição" nunca instalou um tribunal permanente, mas a sua ação se exerceu através de visitadores, Heitor furtado de Mendonça entre 1591-1595. E marcos Teixeira entre 1618-19. Ou de bispos a quem eram delegado poderes para efetuar prisões, confiscar bens, e enviar para Lisboa os prisioneiros para serem julgados. A Bahia foi o palco das inquirições mais intensas; De 1591 a 1624 foram processados ali, 245 pessoas acusadas de judaísmo. Em 1646 mais 100 condenações foram feitas. E no auto-de fé em 1771, 52 brasileiros foram “justiçados” O último brasileiro condenado à morte pela “santa inquisição”, morreu no auto-de fé de 1748; Almanaque Abril Cultural de 1983 pg 617.

No  Brasil  ela nunca  instalou  um  tribunal    permanente,  mas  a sua  ação  se  exerceu  através  de visitadores,  Heitor  furtado  de Mendonça   entre 1591-1595.  E  marcos  Teixeira  entre 1618-19. Ou  de bispos  a quem  eram delegado  poderes  para   efetuar  prisões,  confiscar  bens,  e enviar  para Lisboa  os prisioneiros   para  serem  julgados.  O descobrimento do Brasil em 1500 veio a ensejar uma nova oportunidade para esse povo sofrido. Já em 1503 milhares de “cristãos-novos” vieram para o Brasil auxiliar na colonização. Em 1531, Portugal obteve de Roma a indicação de um Inquisidor Oficial para o Reino, e em 1540, Lisboa promulgou seu primeiro Auto-de-fé. Daí em diante o Brasil passou a ser terra de exílio, para onde eram transportados todos os réus de crimes comuns, bem como judaizantes, ou seja, aqueles que se diziam aparentemente cristãos-novos, porém, continuavam em secreto a professar a fé judaica. E é nesses judaizantes portugueses que vieram para o Brasil nessa época que queremos concentrar nossa atenção.

De uma simples terra de exílio a situação evoluiu e o Brasil passou a ser visto como colônia. Em 1591 um oficial da Inquisição era designado para a Bahia, então capital do Brasil. Não demorou muito, já em 1624, a Santa Inquisição de Lisboa processava pela primeira vez contra 25 judaizantes brasileiros (os nomes abaixo foram extraídos dos arquivos da Inquisição da Torre do Tombo, em Lisboa).
OS 25 ACUSADOS

Alcoforada, Ana 11618
Antunes, Heitor 4309
Antunes, Beatriz 1276
Costa, Ana da 11116
Dias, Manoel Espinosa 3508
Duarte, Paula 3299
Gonçalves, Diogo Laso 1273
Favella, Catarina 2304
Fernandes, Beatriz 4580
Lopes, Diogo 4503
Franco, Lopes Matheus 3504
Lopes, Guiomar 1273
Maia, Salvador da 3216
Mendes, Henrique 4305
Miranda, Antônio de 5002
Nunes, João 12464
Rois, Ana 12142
Souza, João Pereira de 16902
Teixeira, Bento 5206
Teixeira, Diogo 5724
Souza, Beatriz de 4273
Souza, João Pereira de 16902
Souza, Jorge de 2552
Ulhoa, André Lopes 5391

Os nomes dos judaizantes e os números dos seus respectivos dossiês foram extraídos do Livro: “Os Judeus no Brasil Colonial” de Arnold Wiznitzer – página 35 – Pioneira Editora da Universidade de São Paulo:

A  Bahia  foi  o  palco  das  inquirições  mais  intensas;  De 1591  a 1624  foram  processados  ali,  245  pessoas  acusadas  de judaísmo.  Em 1646  mais  100  condenações  foram  feitas.  E  no  auto-de fé  em 1771,  52  brasileiros  foram “justiçados” O  último brasileiro  condenado   à  morte  pela  “santa inquisição”,  morreu  no  auto-de fé de 1748; 
Almanaque  Abril  Cultural  de 1983 pg 617.
Um  dos  casos  mais  celebre  sobre hereges  no Brasil, foi o  de Ana Costa Arruda, era  natural de  Olinda Pernambuco. Ana  foi acusada  no segundo  dia  de Janeiro  de  1599, por sua  tia Beatriz  Fernandes, que  sob tortura  a denunciou  de praticar  heresia.  Em16-12-1599, Ana é encarcerada  em Lisboa  com  24  anos de idade.  Subiu  ao primeiro  interrogatório  em 7-4-1600.
E  saiu  no auto-de-fè  celebrado   na Ribeira, em Lisboa   no Domingo  dia 3-8-1603, e foi  c ondenada a  se  retratar  da acusação e depois  encarcerada  nas  Escolas  Gerais,  para  submeter-se, à  doutrinação.  Em 6-9-1603.  Não  se  sabe  se Ana  voltou  ao brasil.

do tema...uma imagem á besta de

de   Ivonil Ferreira  de Carvalho-jatai-goias-Brasil