terça-feira, 25 de outubro de 2011

RAIZES HEB NO BRASIL

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Raízes hebraicas no Brasil

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admin
– junho 18, 2011Postado em: Artigos
Um povo para ser destacado dentre as nações precisa conhecer sua identidade, buscando profundamente suas raízes.
Os povos formadores do tronco racial do Brasil são perfeitamente conhecidos, como: o índio, o negro e o branco, destacando o elemento português, nosso colonizador. Mas, quem foram estes brancos portugueses? Pôr que eles vieram colonizar o Brasil? Viriam eles atraídos só pelas riquezas e Maravilhas da terra Pau-Brasil? A grande verdade é que muitos historiadores do Brasil colonial ocultaram uma casta étnica que havia em Portugal denominada por cristãos novos, ou seja, os Judeus! Pôr que? (responder esta pergunta poderia ser objeto de um outro artigo). Em 1499, já quase não havia mais judeus em Portugal, pois estes agora tinham uma outra denominação: eram os cristãos novos. Eles eram proibidos de deixar o país, a fim de não desmantelar a situação financeira e comercial daquela época, pois os judeus eram prósperos.
Os judeus sefarditas, então, eram obrigados a viver numa situação penosa, pois, por um lado, eram obrigados a confessar a fé cristã e por outro, seus bens eram espoliados, viviam humilhados e confinados naquele país. Voltar para a Espanha, de onde foram expulsos era impossível, bem como seguir em frente, tendo à vista o imenso oceano Atlântico. O milagre do Mar Vermelho se abrindo, registrado no Livro de Êxodo, precisava acontecer novamente.
Naquele momento de crise, perseguição e desespero, uma porta se abriu: providência divina ou não, um corajoso português rasga o grande oceano com sua esquadra e, em abril de 1500, o Brasil foi descoberto.
Na própria expedição de Pedro Álvares Cabral já aparecem alguns judeus, dentre eles, Gaspar Lemos, Capitão-mor, que gozava de grande prestígio com o Rei D. Manuel. Podemos imaginar com que tamanha alegria regressou Gaspar Lemos a Portugal, levando consigo esta boa nova: – descobria-se um paraíso, uma terra cheia de rios e montanha, fauna e flora jamais vistos. Teria pensado consigo: não seria ela uma “terra escolhida” para meus irmãos hebreus? Esta imaginação começou a tornar-se realidade quando o judeu Fernando de Noronha, primeiro arrendatário do Brasil, demanda trazer um grande número de mão de obra para explorar seiscentas milhas da costa, construindo e guarnecendo fortalezas na obrigação de pagar uma taxa de arrendamento à coroa portuguesa a partir do terceiro ano. Assim, milhares e milhares de judeus fugindo da chamada “Santa Inquisição” e das perseguições do “Santo Ofício” de Roma, começaram a colonizar este país.
Afinal, os judeus ibéricos, como qualquer outro judeu da diáspora, procurava um lugar tranqüilo e seguro para ali se estabelecer, trabalhar, e criar sua família dignamente. O tema é muito vasto e de grande riqueza bibliográfica e histórica.
Assim, queremos com esta matéria abordar ligeiramente o referido tema, despertando, principalmente, o leitor interessado que vive fora da comunidade judaica. Neste pequeno estudo, queremos mencionar a influência judaica na formação da raça brasileira, apresentando apenas alguns fatos históricos importantes ocorridos no Brasil colonial, destacando uma lista de nomes de judeus portugueses e brasileiros que enfrentaram os julgamentos do “Santo Ofício” no período da Inquisição.
Os fatos históricos são muitos e podem ser encontrados em vários livros que tratam com detalhes desse assunto, como já mencionado.
Comecemos, então, apresentando um pequeno resumo da história dos judeus estendendo até ao período do Brasil Colonial. Desde a época em que o Rei Nabucodonosor conquistou Israel, os hebreus começaram a imigrar-se para a península ibérica. A comunidade judaica na península cresceu ainda mais durante os séculos II e I a.C., no período dos judeus Macabeus. Mais tarde, depois de Cristo, no ano 70, o imperador Tito ordenou destruir Jerusalém, determinando a expulsão de todo judeu de sua própria terra. A derrota final ocorreu com Bar Kochba no ano 135 d.C, já na diáspora propriamente dita. A história confirma a presença dos judeus ibéricos, também denominados “sefaradim”, nessa península, no período dos godos, como comprovam as leis góticas que já os discriminavam dos cristãos. As relações judaico-cristãs começaram a agravar-se rapidamente após a chegada a Portugal de 120.000 judeus fugitivos e expulsos pela Inquisição Espanhola por meio do decreto dos Reis Fernando e Isabel em 31.03.1492. Não demorou muito, a situação também se agravava em Portugal com o casamento entre D. Manoel I e Isabel, princesa espanhola filha dos reis católicos. Várias leis foram publicadas nessa época, destacando-se o édito de expulsão de D. Manoel I. Mais de 190.000 judeus foram forçados a confessar a fé católica, e após o batismo eram denominados “cristãos novos”, quando mudavam também os seus nomes. Várias atrocidades foram cometidas contra os judeus, que tinham seus bens confiscados, saqueados, sendo suas mulheres prostituídas e atiradas às chamas das fogueiras e as crianças tinham seus crânios esmagados dentro das próprias casas.
O descobrimento do Brasil em 1500 veio a ensejar uma nova oportunidade para esse povo sofrido. Já em 1503 milhares de “cristãos novos” vieram para o Brasil auxiliar na colonização. Em 1531, Portugal obteve de Roma a indicação de um Inquisidor Oficial para o Reino, e em 1540, Lisboa promulgou seu primeiro Auto de fé. Daí em diante o Brasil passou a ser terra de exílio, para onde eram transportados todos os réus de crimes comuns, bem como judaizantes, ou seja, aqueles que se diziam aparentemente cristãos novos, porém, continuavam em secreto a professar a fé judaica. E é nesses judaizantes portugueses que vieram para o Brasil nessa época que queremos concentrar nossa atenção.
De uma simples terra de exílio a situação evoluiu e o Brasil passou a ser visto como colônia. Em 1591 um oficial da Inquisição era designado para a Bahia, então capital do Brasil. Não demorou muito, já em 1624, a Santa Inquisição de Lisboa processava pela primeira vez contra 25 judaizantes brasileiros (os nomes abaixo foram extraídos dos arquivos da Inquisição da Torre do Tombo, em Lisboa). Os nomes dos judaizantes e os números dos seus respectivos dossiês foram extraídos do Livro: “Os Judeus no Brasil Colonial” de Arnold Wiznitzer – página 35 – Pioneira Editora da Universidade de São Paulo:
  • Alcoforada, Ana 11618.
  • Antunes, Heitor 4309.
  • Antunes, Beatriz 1276.
  • Costa, Ana da 11116.
  • Dias, Manoel Espinosa 3508.
  • Duarte, Paula 3299.
  • Gonçalves, Diogo Laso 1273.
  • Favella, Catarina 2304.
  • Fernandes, Beatriz 4580.
  • Lopes, Diogo 4503.
  • Franco, Lopes Matheus 3504.
  • Lopes, Guiomar 1273.
  • Maia, Salvador da 3216.
  • Mendes, Henrique 4305.
  • Miranda, Antônio de 5002.
  • Nunes, João 12464.
  • Rois, Ana 12142.
  • Souza, João Pereira de 16902.
  • Teixeira, Bento 5206.
  • Teixeira, Diogo 5724.
  • Souza, Beatriz de 4273.
  • Souza, João Pereira de 16902.
  • Souza, Jorge de 2552.
  • Ulhoa, André Lopes 5391.
Continuando nossa pesquisa, podemos citar outras dezenas e dezenas de nomes e sobrenomes, devidamente documentados, cujas pessoas foram também processadas a partir da data em que a Inquisição foi instalada aqui no Brasil. É importante ressaltar que nesses processos os sobrenomes abaixo receberam a qualificação de “judeus convictos” ou “judeus relapsos” em alguns casos. Por questão de espaço citaremos apenas nesta primeira parte os sobrenomes, dispensando os pré-nomes:
Abreu Álvares Azeredo Ayres – Affonseca Azevedo Affonso Aguiar – Almeida Amaral Andrade Antunes – Araújo Ávila Azeda Barboza – Barros Bastos Borges Bulhão – Bicudo Cardozo Campos Cazado – Chaves Costa Carvalho Castanheda – Castro Coelho Cordeiro Carneiro – Carnide Castanho Corrêa Cunha – Diniz Duarte Delgado Dias – Esteves Évora Febos Fernandes – Flores Franco Ferreira Figueira – Fonseca Freire Froes Furtado – Freitas Galvão Garcia Gonçalves – Guedes Gomes Gusmão Henriques – Izidro Jorge Laguna Lassa – Leão Lemos Lopes Lucena – Luzaete Liz Lourenço Macedo – Machado Maldonado Mascarenhas – Martins Medina Mendes Mendonça Mesquita – Miranda Martins Moniz Monteiro – Moraes Morão Moreno Motta – Munhoz Moura Nagera Navarro – Nogueira Neves Nunes Oliveira – Oróbio Oliva Paes Paiva – Paredes Paz Pereira Perez – Pestana Pina Pinheiro Pinto – Pires Porto Quaresma Quental – Ramos Rebello Rego Reis – Ribeiro Rios Rodrigues Rosa – Sá Sequeira Serqueira Serra – Sylva Silveira Simões Siqueira – Soares Souza Tavares Telles – Torrones Tovar Trigueiros Trindade – Valle Valença Vargas Vasques – Vaz Veiga Vellez Vergueiro – Vieira Villela.
A lista dos sobrenomes citados acima não exclui a possibilidade da existência de outros sobrenomes portugueses de origem judaica. (Fonte: Extraído do livro: “Raízes judaicas no Brasil” – Flávio Mendes de Carvalho – Ed. Nova Arcádia 1992).
Todos esses judeus brasileiros, cujos sobrenomes estão citados acima, foram julgados e condenados pela Inquisição de Lisboa, sendo que alguns foram deportados para Portugal e queimados, como, por exemplo, o judeu Antônio Felix de Miranda, que foi o primeiro judeu a ser deportado do Brasil Colônia. Outros foram condenados a cárcere e hábito perpétuo.
Quando os judeus aqui chegavam, desembarcavam na maioria das vezes na Bahia, por ser naquela época o principal porto. Acompanhando a história dessas famílias, nota-se que grande parte delas se dirigia em direção ao sul, muitas vezes fixando residência nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros subiam em direção ao norte do país, destacando a preferência pelos estados de Pernambuco e Pará. Esses estados foram bastante influenciados por uma série de costumes judaicos. É importante ressaltar que não podemos afirmar que todo brasileiro, cujo sobrenome constante desta lista acima, seja necessariamente descendente direto de judeus portugueses.
Para saber-se ao certo necessitaria uma pesquisa mais ampla, estudando a árvore genealógica das famílias, o que pode ser feito com base nos registros disponíveis nos cartórios. Mas, com certeza, o Brasil tem no seu sangue e nas suas raízes os traços marcantes deste povo muito mais do que se imagina, quer na sua espiritualidade, religiosidade ou mesmo em muitos costumes.
AS FROTAS DE HIRÃO E SALOMÃO NO RIO AMAZONAS (993 A 960 a.C.)
Constatamos que o Brasil já se destaca dentre outras nações como uma nação que cresce rapidamente na direção de uma grande potência mundial. A influência histórica judaica sefardita é inegável. Os traços físicos de nosso povo, os costumes, hábitos e algumas tradições são marcas indubitáveis desta herança. Mas, há uma outra grande herança de nosso povo, a fé. O brasileiro na sua maioria pode ser caracterizado como um povo de fé, principalmente, quando esta fé está fundamentada no conhecimento do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, ou seja, no único e soberano Deus de Israel.
Isto sim tem sido o maior, o melhor e o mais nobre legado do povo judeu ao povo brasileiro e à humanidade.
O tratado de Henrique Onfroy de Thoron sobre o suposto país Ophir, publicado em Manaus, em 1876, e reproduzido em As Duas Américas, de Cândido Costa, em 1900, é um trabalho completo que acabou com todas as lendas e conjeturas a respeito das misteriosas viagens da frota de Salomão. Thoron sabia latim, grego e hebraico, e conhecia a língua tupi, como também a língua “quíchua”, que é ainda falada nas terras limítrofes entre o Brasil e o Peru. Da Bíblia hebraica prova ele, palavra por palavra, que a narração dada no 1o. livro dos Reis, sobre a construção, a saída e viagem da frota dos judeus, junto à frota dos fenícios, refere-se unicamente ao rio Amazonas.
As viagens repetiram-se de três em três anos; as frotas gastaram um ano entre os preparativos e a viagem de ida e volta, e ficaram dois anos no Alto Amazonas, para organizar a procura do ouro e de pedras preciosas. Estabeleceram ali diversas feitorias e colônias, e ensinaram aos indígenas a mineração e lavagem de ouro pelo sistema dos egípcios, descrito por Diodoro, minuciosamente, no 3º livro, cap. 11 e 12. Ali, no Alto Amazonas, exploraram as regiões dos rios Apirá, Paruassu, Parumirim e Tarchicha. No livro dos Reis, da Bíblia, está bem narrado quantos quilos de ouro o rei Salomão recebeu dessas regiões amazônicas. O mister de nosso trabalho é principalmente a exata historiografia, e por isso devemos acrescentar aqui algumas explicações históricas que não se encontram no trabalho de Thoron. Quando o Brasil era colônia de Portugal, os seus destinos eram dirigidos em Lisboa. Quando chegaram aqui os antigos descobridores, dependeram também, para o desenvolvimento de suas empresas, da situação política dos países do Mediterrâneo.
Os fenícios tiveram sempre muitos inimigos que invejavam as suas riquezas; mas, bons diplomatas, com ninguém brigaram, nunca fizeram guerras agressivas e, em toda parte, solicitaram alianças políticas e comerciais. Assim, esse povo pequeno, que nunca foi mais de meio milhão de almas, espalhado sobre centenas de colônias longínquas, pôde conservar, durante dois milênios, um grande domínio marítimo e colonial.
O rei David, dos judeus, havia fundado um poderoso reino, que atingiu seu apogeu no longo governo de Salomão. Os fenícios mostraram-se muito amigos de seu grande vizinho, que lhes forneceu principalmente trabalhadores, que faltavam na Judéia.
Ambos os países estiveram também em boas relações com o Egito, onde reinava a dinastia dos Tanitas. Essa “Tríplice Aliança” deu a seus componentes uma certa segurança contra os planos conquistadores dos Assírios, e favoreceu as empresas coloniais, no Atlântico. Mas, em 949 a.C., apoderou-se o chefe dos mercenários líbicos, Chechonk, do governo do Egito e destronou a dinastia dos Tanitas. Esse chefe não era amigo do rei Salomão, tendo este querido repor a dinastia caída. Chechonk vingou-se, incitando Jeroboão a fazer uma revolução contra Salomão, e tornou-se o instigador da divisão do reino judaico em dois Estados. Jeroboão ficou como rei das províncias do Norte e Roboão, filho de Salomão, ficou com Jerusalém e a província da Judéia. Depois, no quinto ano de governo de Roboão, apareceu Chechonk com grandes exércitos na Judéia, sitiou Jerusalém e obrigou Roboão a entregar-lhe quase todos os objetos de ouro do templo. Assim, levou Chechonk a maior parte do ouro que
Inscrições encontradas na Paraíba
Salomão recebera da Amazônia, além de quatro grandes escudos que pesavam 5 quilos de ouro, cada um, para o Egito. O usurpador mandou colocar no templo de Amon, em Karnac, uma grande lápide, na qual são narrados todos os pormenores dessa guerra contra a Judéia e enumeradas as peças de ouro que o vendedor trouxe para colocá-las nos templos egípcios. Essa lápide ainda hoje existe.
É certo que os judeus fundaram nas regiões do Alto Amazonas algumas colônias, onde negociavam, e ali se mantiveram durante muitos séculos, tendo deixado, indubitavelmente, rastros da civilização e da língua hebraica. Também o nome Solimões, para o curso médio do grande rio, tem a sua origem no nome do rei Salomão, cuja forma popular era sempre Solimão.
É conhecida a grande amizade e forte aliança entre Salomão e Hirão. Além de servir-se Salomão da frota marítima dos fenícios, numa associação de interesses comerciais, recorreu a Hirão, quando da construção de seu templo, tendo o rei de Tiro designado um seu homônimo, o arquiteto Hirão, para comandar os trabalhos da construção do templo.
Um documento assírio do ano 876 a.C. refere-se ao tributo que os habitantes de Tiro eram obrigados a pagar ao seu país para manterem por algum tempo aparente independência: “grande quantidade de ouro, prata, chumbo, bronze e marfim, 35 vasos de bronze, algumas vestimentas de cores vivas e um delfim”.

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2 Comments

  1. Responder
Idalvanir S. Almeida
Escrito junho 29, 2011 às 7:07 PM
Aprendi muito com esse artigo.Pude comprovar o quanto Deus vela por seus escolhidos e o quanto somos privilegiados por estar vivendo neste tempo.
admin
Escrito junho 29, 2011 às 11:13 PM
Obrigado por participar Idalvanir, que o Deus de Israel siga te abençoando grandemente!

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